SÃO PAULO – Defendida pelo governo Jair Bolsonaro como parte do pacote de reforma tributária a ser encaminhado para discussão no Congresso Nacional, a criação de um novo imposto sobre movimentações financeiras alimenta reações distintas da sociedade, a depender da justificativa apresentada. É o que mostra nova rodada da pesquisa XP/Ipespe.
Segundo o levantamento, realizado entre 13 e 15 de agosto, 78% dos entrevistados são contra a criação do tributo, quando não é apresentada nenhuma contrapartida pelo governo federal. Neste caso, apenas 12% são a favor da introdução do imposto, que costuma ser comparado por críticos à extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras).
A pesquisa, no entanto, mostra que a rejeição à proposta cai para 43% quando há indicação de que os recursos arrecadados seriam utilizados para custear o programa Renda Brasil, que busca unificar benefícios sociais e substituir o Bolsa Família, incluindo mais brasileiros contemplados. O percentual é o mesmo dos que apoiam a introdução do tributo com esta condição.
As resistências são superadas com a justificativa de que o novo tributo substituiria impostos pagos pelas empresas, o que facilitaria novas contratações. Neste caso, 46% dos entrevistados dizem apoiar a mudança, ao passo que 37% apresentam posição contrária. A margem de erro máxima da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.
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Fonte: Infomoney